Akihito Hira
Akihito Hira fechou 10ª edição da Capital Fashion Week com sua alfaiataria desconstruída e cool. Uma roupa utilitária, protetora. Esta é a inspiração do estilista que idealizou um homem que sofre constantemente com as mudanças climáticas e precisa de uma roupa que o acompanhe.
A beleza do desfile mostrava sinais de uma pele castigada, de exposição prolongada ao sol e com resquícios de fuligem. A modelagem aparece ampla e convidativa para passar bem o frio.
Para os casacos de aspecto cashmere, maxi golas altas para proteger de qualquer eventualidade. Camisas são usadas como segunda pele e seguem até o comprimento das mãos, ganhando funcionalidade como luva.
Peças em alfaiataria aparecem em uma divertida desconstrução, brincando com assimetria em peças que, teoricamente, tem carga formal e careta.
Entre os materiais usados por Akihito, tecidos considerados resíduos descartáveis: tricôs de malha de algodão e couro sintético. Com esses tecidos, fazem-se lindas gravatas borboleta, coletes texturizados. E os tricôs de malha de algodão, que mais parecem tramas, garantem certa leveza e fluidez aos looks rígidos.
A mistura de texturas fica clara nas jaquetas desenvolvidas em blocos de cores e nas calças da coleção, que por vezes apresentam amarrações.
Texto: Bruno Santos – Fotos: Finissimo
Sann Marcuccy
Cores neutras como branco, preto, cinza e nude caramelo compõem a cartela de cores da coleção. Algodões com texturas trazidas da Holanda, malhas em diversas estampas e pesos, seda, paetês, plush, crepe de seda e jacquard formam o leque de materiais empregados pelo estilista.
Da arte do venezuelano Jesús Rafael Soto vem a ilusão de ótica trabalhada em listras, camadas, franjas e bordados. Looks completos, em uma só estampa ou tecido, são propostos em criações despojadas e casuais de calça e cardigãs estilizados.
Característica da marca, a modelagem é desenvolvida em moulage, o que resulta em peças que, ao modelar o corpo, acompanham seu movimento. O drapeado das calças transmite conforto e leveza em corte que acompanha a silhueta sem aderência.
O volume explorado pode atender às vontades de quem veste a peça. Rolotês dispostos em lugares estratégicos permitem que o drapeado e o comprimento sejam personalizados.
Texto: Maria Thereza Laudares – Fotos: Finissimo
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